As borboletas constituem um importante grupo da família dos insectos e pertencem à ordem dos lepidópteros.
As suas cores podem ser fortes, suaves, metálicas ou iridescentes, formadas por diferentes pigmentos e micro-texturas que, devido aos efeitos de refracção e difracção da luz incidente, conferem nuances das mais variadas tonalidades nas asas desse lindo animal. Possuem exoesqueleto, que não apenas forma a estrutura de suporte, mas também revestem todo o corpo do animal, impedindo a perda de água, protegendo-as da desidratação total e das pressões ambientais.
Nas regiões tropicais, encontramos o maior número de espécies e as maiores e mais belas borboletas e mariposas, visto que o clima quente, a humidade e a grande variedade de plantas oferecem a elas condições ambientais favoráveis e alimento em abundância.
As borboletas variam em tamanho desde as mais minúsculas com cerca de 3 milímetros de tamanho Phyllocnistis spp até as maiores com pouco mais de 30 centímetros Attacus Atlas ou a Ornithoptera alexandrae com 28 cm de uma extremidade a outra de suas asas.
Ciclo de Vida
A transformação da frequentemente feia e bizarra lagarta em uma elegante borboleta é realmente um dos milagres executados pela Natureza.
No ciclo de vida, as borboletas processam uma metamorfose completa em quatro fases bem definidas e bastante distintas como ovos, larvas, crisálidas e adultas.
Ovos de borboleta
Ovos - após o acasalamento, que pode durar até cerca de uma hora, a fêmea procura as plantas adequadas para a postura dos ovos. Nesta tarefa, conta com uma peculiar habilidade das patas, que pode sentir o sabor das folhas das plantas, a adequação nutritiva e a ausência de fitotoxinas, pois essas folhas serão parte do cardápio exclusivo das larvas. Não se sabe o número exacto de ovos que uma fêmea pode depositar na parte superior das folhas das plantas escolhidas, mas a postura pode decorrer em algumas horas ou em muitos dias, e os ovos variam em tamanho, forma e coloração de acordo com a espécie.
Lagarta / larva da borboleta
Larvas – ao chegar o momento de saírem dos ovos, os lepidópteros assumem uma forma larval, as conhecidas lagartas. Estas abrem caminho, comendo as cascas dos ovos em que estavam contidas, preparam uma espécie de ninho na parte inferior de alguma folha e de imediato começam a comer as partes vegetais da planta em que se encontram, cortando-as e mastigando-as com suas poderosas mandíbulas. Devido a determinadas hormonas que segregam, as lagartas não param de comer; algumas comem durante o dia inteiro, outras o fazem durante toda a noite. No período destinado ao descanso, digestão e absorção dos nutrientes, voltam para esse ninho construído, sob a folha que, curiosamente, evitam comer. São comedoras vorazes, quase que insaciáveis, pois precisam se alimentar dos nutrientes necessários para o período de hibernação de sua próxima fase de vida e para isso necessitam armazenar bastante energia. À medida que a produção das hormonas diminui, as lagartas consomem cada vez menos folhas. Quando param de comer por completo, estão preparadas para a nova fase.
Crisálida
Crisálidas – também denominadas pupas, é o estágio seguinte, quando a larva procura a parte inferior de uma folha ou um galho mais resistente onde possa se enrolar em uma espécie de capa protectora e se transformar por completo.
Os fios de seda são os fios que compõem o casulo das mariposas. Os filamentos da seda são resistentes e podem ter comprimentos que variam entre 300 a 900 metros!
Adultas
Após a metamorfose completa, as borboletas adultas eclodem dos casulos e esperam horas, para que as asas húmidas e encolhidas endureçam para se adequarem ao voo. A partir daí, iniciam a fase de acasalamento. Os machos são visto, com frequência, rondando as fêmeas recem saídas da fase de crisália, antes mesmo que elas possam adquirir a plena capacidade de voar. Após a fecundação, as fêmeas procuram depositar os ovos na parte superior das folhas de plantas hospedeiras adequadas ao desenvolvimento das lagartas.